Brasil é o 2º maior mercado global da plataforma. Em entrevista ao IDG Now!, CEO da companhia, Ruben Buell, fala sobre infidelidade e cibersegurança
Em 2015, o site Ashley Madison sofreu uma das mais graves brechas de segurança da história que colocou o serviço de encontros extraconjugais e seus usuários sob a luz dos holofotes. Hackers
expuseram dados sensíveis de mais de 32 milhões de usuários e tornaram públicas informações como nomes, endereços, status civil e preferências sexuais dos assinantes. O episódio chegou a ser
responsabilizado por divórcios, demissões e até mesmo por suicídios.
Com a invasão, o grupo autointitulado "Impact Team" buscava que a empresa canadense tirasse o site do ar sob a justificativa de que o serviço era amoral e abusava da confiança de seus usuários. No mesmo ano, o fundador do Ashley Madison, Noel Biderman, deixou o cargo de CEO da então Avid Life Media, companhia-mãe da Ashley Madison, hoje reformulada sob o nome de Ruby Life Inc. Relatos de extorsão de usuários e processos milionários também chegaram às portas da empresa. Um acordo de US$ 11,2 milhões foi feito com as vítimas da brecha nos Estados Unidos e uma multa adicional de US$ 1,6 milhão foi paga à Comissão Federal do Comércio. Diante de todo esse contexto, parecia que o fim do Ashley Madison estava sepultado. Três anos depois, a companhia afirma estar recuperando sua audiência e vê no Brasil um dos seus mercados mais estratégicos.
Em visita a São Paulo nesta semana, Ruben Buell, CEO e CTO da Ashley Madison há cerca de um ano, fala sobre um novo momento da empresa e como arrumou a "casa" para assegurar o que o serviço desde o início prometeu, mas não conseguiu oferecer: discrição. "Depois do evento de 2015, a companhia precisou dar um passo para trás e olhar onde o nosso foco estava e onde deveríamos focar. O foco se tornou basicamente no produto e na tecnologia", diz Buell em entrevista exclusiva ao IDG Now!. Segundo o executivo, agora a empresa contratou um novo e completo time de segurança, incluindo aí um Chefe em Privacidade, um Chief Information Security Officer (CISO), e novas camadas de segurança que cobrem desde a rede corporativa até o usuário na ponta. "Todo funcionário que entra, a primeira coisa que eles pensam quando chegam de manhã ao escritório e quando eles vão embora é a segurança", garante Buell.
Quando sofreu o ataque há três anos, a segurança do Ashley Madison não era realmente das mais reforçadas. Em entrevista ao Motherboard, o grupo Impact Team disse que a segurança era fraca. "Ninguém estava olhando", disseram. Hoje, uma das estratégias que a Ashley Madison contratou poderia soar até um tanto irônica dado o seu histórico, mas a companhia recorre à uma plataforma chamada Hacker One para reforçar as redundâncias da cibersegurança. O serviço reúne hackers contratados para encontrar bugs e falhas em sistemas, corrigi-los para depois serem recompensados, uma prática que tem sido cada vez mais comum no mundo corporativo.
Parte do trabalho de Buell é também entregar o tipo de funcionalidade que aplicativos de paquera e relacionamento entregam hoje em dia. Afinal, quando o Ashley Madison surgiu poucas eram as opções que as pessoas tinham para encontrar umas às outras no mundo amoroso online. Atualmente, a concorrência no setor conta com grandes players como o
Tinder e até mesmo aplicativos de nicho.
Segundo Buell, a empresa também adota tecnologias como machine learning para entregar matches mais próximos às expectativas de cada usuário, por mais subjetivo que isso seja. O modelo de negócios do Ashley Madison continua pago para homens - cobra-se créditos para enviar mensagens a potenciais affairs e é gratuito para mulheres.
Terminando affairs com bots
Colocar o Ashley Madison "nos eixos" também exigiu que a companhia lidasse com algumas práticas condenáveis. Isso porque, em 2016, o serviço admitiu que usava bots para convencer homens a pagarem pelo serviço. Em busca de affairs, homens, na verdade, acabavam se interessando por bots. Os robôs eram essencialmente a força de vendas do Ashley Madison. Aqueles que se inscrevessem para uma conta gratuita seriam imediatamente contatados por um bot que se apresentava como uma mulher interessada. Entretanto, para retribuir o interesse os homens teriam que comprar créditos do site. A repórter Annalee Newitz foi quem ajudou a expor o uso de bots pelo site e descobriu documentos internos mostrando que 80% das compras iniciais no site eram feitas por um usuário do sexo masculino tentando se comunicar com um robô. Na época, uma auditoria da Ernst & Young confirmou a prática e a Avid Life Media garantiu que os perfis falsos foram deletados no final de 2015. Na época, com 37 milhões de usuários, a proporção de usuários era de 5 homens para 1 mulher. Mais de 70 mil perfis de mulheres eram robôs. Nova consulta independente da EY mostrou que os bots não circulam mais entre o serviço.
A mesma auditoria da EY mostrou que mais de 5,6 milhões de novos registros foram acrescentados ao site em 2017 e que a proporção de usuários ativos pagos do sexo masculino para feminino foi de 1 para 1,13. Mas o Brasil vem acendendo o interesse da companhia em particular. Relatório da consultoria contratada identificou que de toda a base da Ashley Madison, 8,9 milhões de membros são residentes no Brasil. A conclusão? O Brasil atrai o maior número adúlteros fora da América do Norte. Há mais de 138 mil membros inscritos no Ashley Madison no Brasil mensalmente, conforme a Ernest & Young. Outro dado curioso diz que o País tem quase o dobro do número de mulheres em relação a homens no site - são 1,91 mulheres ativas para cada 1 homem ativo pagante. São Paulo, com mais de 1,6 milhão de membros, é a cidade com mais usuários no Ashley Madison, a frente de Nova York.
Para Buell, o crescimento da base de usuários do gênero feminino no Brasil indica o empoderamento da própria mulher. "Eu vejo através do Ashley Madison que as mulheres estão assumindo mais o
controle e estão mais confiantes de si, de irem atrás do que elas querem. Nós vemos isso no número de pessoas que estão assinando o serviço e também vemos em seus perfis. Quando as mulheres entram no serviço, elas dizem exatamente o que elas querem, o tipo de relação, o tipo de homem que querem. É algo que você, dificilmente, vê em outros apps de relacionamento", avalia o executivo.
O perfil de um típico usuário do Ashley Madison são pessoas na faixa dos 30 e 40 anos que, na visão de Buell, já acumularam experiências, estão estáveis e que, apesar de não quererem terminar seus casamentos, ainda não desistiram "da faísca". Pesquisa interna identificou que 61% dos usuários traem, pois estão em busca de sexo, a maioria é casada e tem filhos.
"O típico usuário é aquela pessoa que já viveu a vida e descobriu que, nem sempre, a vida tem um final de conto de fadas. Talvez alguém que atingiu os 40 anos e tem toda a estabilidade e pensa não quero desistir de ter sexo pelo resto da minha vida e decidem ter o controle disso", diz Buell.
Precisamos falar sobre fidelidade
A popularidade de um site como o Ashley Madison também joga luz sobre a fragilidade de valores como casamento e a própria noção de monogamia. Se o site, cujo lema é "a vida é curta, tenha um caso" consegue se reerguer mesmo após um grave incidente de segurança, o que faz usuários mundo afora recorrerem a ele novamente? Para Buell, o Ashley Madison é também uma comunidade onde pessoas que passam por experiências semelhantes encontram alguém para conversar, terem um caso e não serem julgadas por isso.
"A gente fala que trabalha na maior plataforma de conselho matrimonial do mundo", brinca Buell. Para o executivo, há naqueles que julgam o serviço um entendimento superficial e sobretudo, reside a hipocrisia. "Vemos que amor e sexo não são exatamente a mesma coisa. Uma das coisas que vemos na sociedade é que o divórcio tem sido socialmente aceitável. Então é perfeitamente aceitável separar uma família, você tem até pessoas que dão festas para comemorar um divórcio. Para um site que opera em 50 países e um fluxo de milhares de pessoas usando a plataforma todos os dias, você pode dizer que a monogamia não foi, necessariamente, construída para os seres humanos", reflete.
Em sua visita ao Brasil, Buell fez uma espécie de turnê para conversar não só com a imprensa, mas também entender o mercado local. Dado o crescimento da plataforma por aqui, o executivo também espera entregar recursos que façam mais sentido para o mercado brasileiro, entender o perfil do usuário e até 2019 dobrar a base de pessoas que veem no Ashley Madison uma forma de encontrarem "um caso".
"Infidelidade, traição, é algo que sempre aconteceu e sempre vai existir. O que a oferecemos são as melhores condições para isso acontecer. Então se a traição for existir, que isso acontece fora do trabalho, fora do seu círculo de amigos, não coloque a sua carreira e o seu casamento em risco. O melhor affair é aquele que não é descoberto e é para isso que a Ashley Madison existe", conclui Buell.

Uma das principais plataforma de e-commerce do mundo pode chegar em breve ao país, conforme post do CEO da Agência de Promoção de Internet China Brasil
As plataformas de e-commerce que operam no Brasil podem ganhar uma concorrência de peso. Isso porque a gigante chinesa Alibaba pode estar a caminho do país.
Conforme um post do CEO da Agência de Promoção de Internet China Brasil (CBIPA/Chinnovation), In Hsieh, em sua página no Facebook, essa possível chegada aconteceria “em breve”.
O executivo, que já passou pela também chinesa Xiaomi, fez uma publicação breve sobre o assunto em seu perfil na rede social, apenas com os seguintes dizeres: “Alibaba@Brasil, em breve” - no
entanto, o post foi apagado algumas horas depois.
Recentemente, o fundador e ex-CEO do Alibaba, Jack Ma, anunciou que irá target="_blank">deixar o cargo de presidente do conselho da empresa em setembro de 2019, quando a companhia completará 20 anos de história.
Google Duplex será testado com um grupo limitado de usuários nos EUA; Pela primeira vez, será possível usar o serviço para reservar mesas em restaurantes
Quando foi apresentado pela primeira vez durante a conferência para desenvolvedores do Google, a I/O 2018, o Google Duplex levantou, com preocupação, as sobrancelhas de muita gente. O serviço entregue por meio do Google Assistente consegueria realizar chamadas telefônicas e agendar compromissos, como reservas para jantares ou um corte de cabelo, como se fosse uma pessoa humana. Na ocasião da apresentação, a assistente virtual até reproduzia trejeitos na fala como "hmmm" para tornar a conversa o menos robótica possível.
Pois agora, o serviço está expandindo. Informações do VentureBeat indicam que o Duplex chega agora para um pequeno grupo de usuários do Pixel, porém com recursos limitados. Vale notar que não são todos os donos do smartphone do Google que também poderão recorrer ao Duplex para tarefas cotidianas, tendo em vista que ele estará disponível apenas em algumas cidades dos Estados Unidos. Em comunicado, o Google reforçou que se tratava de um lançamento "lento", entregue e testado aos poucos. Mas, pela primeira vez, o Duplex poderá ligar e reservar mesas em restaurantes com os quais o Google não conta com uma parceria específica.
O Google irá monitor todas as chamadas que o software faz para coletar dados importantes, mas ainda não foi implementado um cronograma mais amplo para um lançamento maior.
Por que isso importa - Este é o primeiro passo para uma tecnologia que está se movendo para nos dar um assistente pessoal verdadeiramente automatizado. O serviço agora disponibilizado aos membros do público nos dá uma ideia de como isso funcionará na prática. Você pode simplesmente pedir ao Google para "fazer uma reserva", sobre a qual você pode selecionar seu restaurante e responder a algumas perguntas sobre o tamanho e a hora da festa, etc. O Assistente fará a ligação para você e sua reserva será inserida em "Minhas Reservas".
Embora a demonstração na I/O em maio tenha sido muito mais do que isso, este é um primeiro passo empolgante e estamos ansiosos para a implantação mais ampla e inevitável.
Conforme levantamentos do Procon-SP e do Reclame Aqui, "maquiagem de desconto" e "propaganda enganosa" foram os principais motivos de insatisfação dos clientes
Já bastante conhecida no Brasil desde sua chegada ao país em 2010, a Black Friday foi realizada mais uma vez por aqui neste final de semana, quando lojas físicas e on-line de todo o país realizaram promoções específicas para a data.
No entanto, como acontece em épocas de grandes volumes de compras, muitos estabelecimentos também foram alvos de reclamações por parte dos consumidores, conforme apontam levantamentos do Procon-SP e do site especializado Reclame Aqui.
Procon
Conforme o balanço do Procon-SP, com dados registrados até meio-dia desta segunda-feira, 26/11, foram realizadas 478 reclamações pelo canal de atendimento do órgão de proteção ao consumidor. A chamada “maquiagem de desconto” liderou o ranking, com 145 reclamações (30,33% do total).
Em seguida, aparece o problema “produto/serviço oferecido não está disponível”, citado em 95 das reclamações (19,87%), seguido de perto por “mudança de preço ao finalizar a compra”, que recebeu 87 reclamações (18,20%), e por “pedido cancelado pela empresa após finalização da compra”, com 79 reclamações (16,53%).
As lojas mais reclamadas até o momento são as seguintes: Grupo Pão de Açúcar (Pão de Açúcar, Extra, Ponto Frio, Casas Bahia), com 100 reclamações (18,24%), B2W (Submarino, Americanas, Shoptime), com 57 reclamações (12,16%), Magazine Luiza, com 21 reclamações (4,73%), Carrefour, com 19 reclamações (4,05%), e Dell, também com 19 reclamações (4,05%).
ReclameAqui
Já de acordo com o levantamento do ReclameAqui, com dados coletados entre 11h da última quarta-feira, 21/11, e 23h59 da sexta, 23/11, registrou um total de 5.607 reclamações, com “propaganda enganosa” liderando o ranking, com 14,2% do total, seguida por “divergências de valores” e “problemas na finalização da compra”, cada uma citada por 7,6% dos consumidores no site especializado.
As informações levantadas pelo ReclameAqui apontam ainda que, neste período citado acima, as lojas mais reclamadas foram as seguintes: Americanas.com, com 306 reclamações; Casas Bahia (loja on-line), com 247; Netshoes, com 160; Magazine Luiza (loja on-line), com 152; e iFood, com 146.
Segundo a página WABetainfo, aplicativo começou a testar funcionalidade recentemente em sua versão para iPhone.
O WhatsApp começou a testar um novo recurso que permite adicionar novos contatos por meio da leitura de QR codes, segundo informações do site especializado WABetaInfo.
Com potencial para ser bastante útil para empresas, a funcionalidade foi vista por enquanto apenas em uma versão de teste do aplicativo para aparelhos iOS, da Apple, mas também será disponibilizada no Android, aponta a página.
“Quando o QR code é detectado, o WhatsApp vai preencher automaticamente todos os campos e o contato será adicionado à sua agenda”, diz a reportagem do WABetaInfo.
Além disso, vale destacar que, segundo o site, os usuários poderão cancelar um QR code com seus dados, de forma que ele aparecerá como “expirado” quando alguém tentar usá-lo depois disso.







